segunda-feira, 23 de março de 2009



Lamentou o homem e na revolta a dor, eras o rei seqüestrado o levou, e na sua terra ficou o seu amor. Enjaulados em barcos imundos aqui estou, da flor do pensamento do negro na áfrica lá ficou, em terras estranhas cansado estou, sem descansar, jamais verei amor; Quero descansar, apanho e com marcas estou, nesse meu corpo negro de xangô, do deus trovão que a luz na áfrica iluminou, meu pensamento junto com meu amor. Em terras estranhas só vejo no futuro a dor, preso em correntes o meu corpo estou, só o que liberta é você amor... No meu pensamento viajo sem temor, de quando eu era rei na áfrica de deus xangô. Neste momento imploro, por favor, não me castigue, trabalho e não tenho valor? Pois eu sou rei, forte como deus xangô, mesmo que morra nesta terra sem valor, serei rei um dia, pois nessa terra nasce e morre todo dia, nascerei um dia em um tempo diferente, e essa gente que viu o suor da gente, respeitará a cor da criação, e chamará todos de irmãos...
Marcos damascena óleo sobre tela 1,20 x 0,90